Prólogo
Eu nunca soube o motivo de minha expertise para afastar pessoas da minha idade do meu lado. Muitas coisas eu não entendia. Mas quem entende os desígnios do grande inventorde tudo e de todos nós? Ele tem um plano para cada um dos seres de sua obra. Seja de qualquer material, aliás, pode até ser imaterial. Eu entendi depois. Tive sorte. Sorte de aprender antes da idade sábia – a velhice. Aprendi antes mesmo de a idade adulta estar concretizada. Aprendo a todo momento.
Qualquer grande gênio, ao ser preparado, fere-se de algum modo e exterioriza sua dor à confecção de sua obra. Ninguém sabe a hora disso acontecer. Eu também não sabia. Eu estava sendo preparada o tempo inteiro.
Quarta Capa
Todos nós, seres humanos, temos um poder transformador.
Os aparentes con itos e incapacidades podem ser o combustível essencial para nos tornar grandiosos e nos levar a ter uma experiência fora do comum, uma experiência mágica.
Beatriz Comarin é uma adolescente de treze anos que vive o conflito de sentir-se excluída do grupo de pessoas de sua idade se abrindo, apenas, às estrelas do céu – suas amigas con dentes. A mudança em sua vida começa quando seu pai, Carlos Comarin, é transferido a trabalho para a Arábia, e ela e sua mãe Helena são obrigadas a segui-lo. Lá, a jovem compra um pote de cristal em formato de estrela das mãos de uma misteriosa mercadora, que a aconselha a abri-lo apenas quando realmente precisar.
Beatriz não imaginava que naquela estrela estava Clair Baroak, uma djinn para os orientais, um gênio para os ocidentais, que entra em sua vida e, entre paixões, dissabores, festas, viagens ao Chile, à Europa, e projetos de vida, a transforma completamente.
Bia não só aprende sobre um mundo místico, como acaba fazendo parte de uma história que está apenas no começo.
Através de uma linguagem simples e descontraída, o leitor identificará em Baroak – A estrela sentimentos que nos acompanharão a vida inteira: o medo e a coragem.